Apesar de ter um intervalo de dois anos entre seus jogos, UFC não foge à regra. Assim como em qualquer game anual de esporte, a maior franquia de MMA traz, a cada título inédito, aquela sensação de “déjà vu” – às vezes, em doses exageradas. Na realidade, o grande desafio do gênero é justamente esse: desvencilhar-se de seus predecessores para que o jogador se sinta convencido, ano após ano, a investir em novas entradas. E por ser um jogo de luta complexo, com regras estritas, a barreira de se reinventar é ainda maior.
Publicado pela EA e disponível apenas nos consoles (leia-se PS4 e Xbox One), UFC 4 mantém a fundação assentada no título anterior, mas toma corajosas decisões ao tentar reconstruir alguns de seus sistemas e modos. O tradicional Ultimate Team, presente desde UFC 2, foi deixado de lado, enquanto o modo carreira ganhou uma narrativa para tornar a experiência mais pessoal. Afinal de contas, foram escolhas assertivas? Bom, depois de jogar uma porção generosa de UFC 4, eu posso adiantar aqui que ele acerta muito mais do que erra. Vamos aos detalhes.